O Governo já destacou a equipa que ficará encarregue de desenhar a estratégia do país para a gestão da água, chamada Água que Une. O novo grupo de trabalho terá 180 dias para levar a cabo esta tarefa, prazo que teve início no passado dia 21 de junho, a data da assinatura do despacho.
O objetivo é atualizar o atual planeamento que existe para a água, “assumindo uma visão mais holística e integrada”. O Governo quer garantir o abastecimento público, o bem-estar da população, mas também dos setores económicos.
A equipa responsável é composta pelo presidente do conselho de administração da AdP – Águas de Portugal, António Carmona Rodrigues, que coordenará o grupo de trabalho; José Pimenta Machado, como membro do conselho diretivo da APA – Agência Portuguesa do Ambiente responsável pelos recursos hídricos; o diretor-geral da DGADR – Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Rogério Lima Ferreira; e o presidente do conselho de administração da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, José Pedro Salema.
Neste âmbito, vai ser revisto o Plano Nacional da Água para o período de 2025-2035 e desenvolvido um plano de armazenamento e de distribuição eficiente de água para a agricultura (Plano REGA), em articulação com outros instrumentos de planeamento e gestão que vigoram, como por exemplo o Plano Estratégico para o Abastecimento de Água e Gestão de Águas Residuais e Pluviais (PENSAARP 2030).
A equipa vai reger-se por seis prioridades:
– aumento da eficiência hídrica
– promoção do uso racional da água
– redução das perdas de água
– promoção da água residual tratada
– otimização das infraestruturas existentes e o respetivo aumento da capacidade de armazenamento
– criação de novas infraestruturas e origens de água (infraestruturas de armazenamento, de captação de água e também dessalinizadoras)
O Governo prometeu apresentar, até ao final deste ano, a estratégia “Água que nos Une”, numa altura em que a seca se mantém uma preocupação, em particular na região do Algarve.
O setor da água, assim como outros setores dependentes, concordam que faz falta uma estratégia mais integrada e de longo prazo, para combater estruturalmente esta situação, com tendência a agravar-se.
Fonte: https://eco.sapo.pt/