O Algarve encontra-se em estado de alerta desde 5 de fevereiro, devido à seca, com o Governo a aprovar um conjunto de medidas de restrição ao consumo de água, fixando como objetivos uma redução de 15% no setor urbano, incluindo o turismo, e 25% na agricultura.
Além destas medidas, outras foram implementadas, como o combate às perdas nas redes de abastecimento, a utilização de água tratada na rega de espaços verdes, ruas e campos de golfe, e a suspensão da atribuição de títulos de utilização de recursos hídricos.
Com a implementação destas medidas e contando com o esforço de todos para enfrentar a pior seca de sempre na região, em fevereiro, os setores agrícola e do golfe no Algarve consumiram, no total, menos 90.000 metros cúbicos de água, em comparação com o mesmo mês de 2023, uma redução de 69% muito significativa, segundo o vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, José Pimenta Machado.
À semelhança da agricultura e do golfe, o setor urbano reduziu em 0,5% o consumo de água em fevereiro, mas ainda assim longe dos 15% propostos pelas medidas de contingência da Comissão da Seca e aprovadas pelo Governo.
Para a rega agrícola, a Comissão definiu uma redução em 25% do consumo e de 18% para a rega dos campos de golfe.
Caso as medidas implementadas se mostrem insuficientes para fazer face à escassez hídrica na região do Algarve, o Governo admite a possibilidade de elevar o nível das restrições.
De acordo com José Pimenta Machado, o Algarve atravessa “a pior seca, com os níveis mais baixos de sempre de reservas de água no conjunto das seis albufeiras“.
“Apesar das últimas chuvas, a situação de seca extrema mantém-se e é preocupante, sendo essencial a redução dos consumos para a sustentabilidade“, alertou Pimenta Machado.
Portal da seca
Face à situação de seca extrema que o Algarve enfrenta e para sensibilizar a população para a importância de poupar água, a Agência Portuguesa do Ambiente vai lançar em breve o portal da seca, uma aplicação informática que visa informar todos os cidadãos para as reservas de água nas albufeiras e os consumos nos diversos setores e alertar para comportamentos mais sustentáveis.
Fonte: https://www.publico.pt/
